Ouça a Smooth FM em qualquer lado.
Faça o download da App.
04 dezembro 2020
13:11
Redação / Agência Lusa

Dora já provocou quedas de árvores e deslizamentos de terras mas "sem gravidade"

Dora já provocou quedas de árvores e deslizamentos de terras mas "sem gravidade"
DR
Proteção Civil fala em quase 100 ocorrências mas sem efeitos muito graves.

Um total de 99 ocorrências, embora sem efeitos muito graves, foram contabilizadas pela Proteção Civil entre as 00:00 e as 10:00 de hoje, resultante dos primeiros efeitos da tempestade Dora que fustigará Portugal continental até à madrugada de domingo.

Segundo adiantou aos jornalistas o Comandante de Assistência ao Comando Nacional de Emergência e Proteção Civil, Belo Costa, as condições atmosféricas adversas da tempestade Dora, que motivou o "estado de alerta especial" do dispositivo nacional, não causou, até ao momento, "nada de significativamente grave", havendo apenas a registar quedas de árvores, postes de eletricidade, placards e alguns deslizamentos de terras, tudo semelhante a "um dia normal de inverno".

"Felizmente é um registo baixo de ocorrências", congratulou-se Belo Costa, em conferência de imprensa na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), revelando que Vila Real e Viseu foram para já os distritos mais atingidos pelos primeiros efeitos da tempestade que se vai intensificar até se dissipar na madruga do próximo domingo.

Este responsável da Proteção Civil apontou quatro fatores meteorológicos que justificam a subida do estado de alerta, nomeadamente "vento forte", "agitação marítima em todos os distritos costeiros", "queda de neve, sobretudo no norte e interior do país em zonas a partir dos 700 metros de altitude" e "temperatura baixa", que associada ao vento provocará "desconforto térmico".

Apesar de Vila Real e Viseu terem sido, até agora, os distritos mais atingidos pelos primeiros efeitos da tempestade, Belo Costa disse "ser expectável" que distritos como Viana do Castelo, Guarda e Castelo Branco venham a sofrer de forma mais acentuada a severidade da tempestade, admitindo-se também que haja problemas em Portalegre, embora com menos probabilidades.

Quanto à agitação marítima, até ao momento não há ocorrências a registar, tendo o Comandante Belo Costa alertado que, nesse domínio, o "alerta laranja" vai de Lisboa até Viana do Castelo (orla costeira), sendo, de momento, impossível determinar onde a agitação marítima será mais intensa até a tempestade ser ultrapassada na madrugada de domingo.

Nos outros distritos mantêm-se o alerta amarelo quanto à agitação do mar.

Belo Costa realçou que a ANEPC já acionou o reforço das bases sediadas em Guimarães (com duas brigadas 24 horas/dia), Trancoso, Proença-a-Nova, Valezim (Guarda) e Unhais da Serra, contando ainda com o apoio da Unidade de Proteção e Socorro da GNR para reforçar as suas bases de auxílio às populações.
 

Mais Notícias