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15 setembro 2021
12:11
Agência Lusa

Estudo revela novos dados sobre pegadas de dinossauros no Cabo Mondego na Figueira da Foz

Estudo revela novos dados sobre pegadas de dinossauros no Cabo Mondego na Figueira da Foz
DR - UNIVERSIDADE DE SARAGOÇA
Cientistas desvendam ambientes e modos de vida destes animais.

Um estudo publicado na Palaeoworld reporta a descoberta de novas pegadas de dinossauros carnívoros do Jurássico no Cabo Mondego, Figueira da Foz, e revela ambientes e modos de vida destes animais, anunciou hoje a Universidade de Coimbra.

Na investigação, que envolveu cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Brasil, da Universidade de Coimbra (UC) e do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), foram encontradas dezenas de pegadas, afirma a UC, numa nota enviada hoje à agência Lusa.

Há mais de um século, na Figueira da Foz, “foram descobertas as primeiras pegadas de dinossauros em Portugal” e, “assim, o país entrou na rota dos estudiosos dos dinossauros”, explicam os autores do artigo científico, Ismar de Sousa Carvalho (UFRJ), Pedro Proença Cunha (UC) e Silvério Figueiredo (IPT).

“Através de novos estudos pormenorizados das rochas sedimentares com cerca de 156 milhões de anos, que ocorrem no Cabo Mondego, descobriu-se um registo que amplia o conhecimento acerca destes répteis do Mesozoico”, adiantam, citados pela UC, os autores.

O estudo agora publicado na revista científica Palaeoworld apresenta a “caracterização dos aspetos morfológicos das pegadas e a sua relação com as superfícies arenosas por onde caminhavam”.

“Os resultados obtidos evidenciam condições de humidade variadas associadas à génese das pegadas e uma grande diversidade de dinossauros”.

Além disto, salientam os cientistas, “reconheceu-se que no decorrer do intervalo de 160 a 156 milhões de anos atrás existiu uma modificação nos grupos de dinossauros produtores de pegadas: predomínio inicial por herbívoros e carnívoros de grande porte e, ulteriormente, predomínio dos carnívoros de menor tamanho”.

Com estas descobertas ampliou-se o número de camadas com pegadas de dinossauro caracterizadas no Monumento Natural do Cabo Mondego, transformando-o “num dos mais importantes marcos do registo fóssil ibérico, valorizando ainda mais o Geoparque do Atlântico”, concluem.

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