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25 outubro 2021
11:05
Redação

Creches e pais pedem alteração das regras Covid

Creches e pais pedem alteração das regras Covid
LUSA
 Associação defende mudanças nas normas e diz-se pressionada pelos pais.

A Associação das Creches e Pequenos Estabelecimentos de Ensino Particular (ACPEEP) considera que é altura de a Direção Geral da Saúde (DGS) repensar as normas a aplicar a estes estabelecimentos, nomeadamente no que toca ao acesso dos pais ao interior dos mesmos. 

Apesar do alivio de muitas restrições relativas à pandemia de Covid-19, na sociedade em geral, esse alívio não se sentiu nas creches onde continua a ser proibido levar brinquedos ou o almoço, além de que os pais continuam a ficar à porta. 

Susana Batista, presidente da ACPEEP, defende que ?tem que se pensar num reajustamento que permita aos pais voltarem a entrar, até porque, agora, com o inverno, a chuva e o frio estarem lá fora expostos ao mau tempo também não é bom. Não apanham Covid mas apanham outro tipo de doenças, portanto, também não é bom."

No mesmo sentido, o PAN - Pessoas Animais Natureza entregou um projeto no parlamento, já aprovado, que defende a revisão da orientação da DGS relativamente às creches,  e onde recomenda ao Governo que solicite ?a revisão, com caráter de urgência, da norma da DGS número 025/2020 (atualizada a 9 de setembro de 2021) garantindo o direito inalienável das crianças à presença de figura significativa das mesmas nos momentos de transição para os contextos educativos?.

Por parte dos pais, o movimento ?Assim não é Escola?, que reúne pais descontentes com as regras em vigor, defende também a mudança das ?normas Covid? nas creches e jardins de infância. Laura Sanches, do movimento, diz que "está toda a gente incrédula que as crianças sejam deixadas para o fim, quando na verdade precisavam de ser as primerias a ver as medidas aliviadas. Se estemos em fase de aliviar medidas, as escolas deviam ser o primeiro sítio porque é onde elas têm mais impacto." 

Para esta mãe, há um conjunto de medidas que se mantêm e que, nesta altura, já não fazem sentido. "Continuamos a ter crianças de 10, e até de seis anos, de máscara, contra todas as recomendações, temos criança a desinfetar as mãos com álcool gel várias vezes por dia apesar do mal que isso faz ao microbioma da pele, temos turmas que não se podem misturar e as crianças a brincar cada uma no seu quadrado", lamenta. 

Laura Sanches contesta ainda o uso de máscara por parte dos educadores, "porque há crianças que passam o dia sem ver o rosto do educador, crianças que estão ainda em desenvolvimento da linguagem, e sabemos que isso as prejudica muito porque não vêem os movimentos dos lábios. Além de que prejudica muito o estabelecimento do vínculo e há muitos países onde os educadores nunca chegaram a usar máscara."

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