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04 maio 2022
08:32
Agência Lusa

Europa quer banir todo o petróleo russo

Europa quer banir todo o petróleo russo
Julien Warnand/LUSA
Medida que faz parte do novo pacote de sanções da Comissão Europeia à Rússia.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs hoje a proibição das importações europeias de petróleo à Rússia, a concretizar gradualmente até final do ano devido à dependência de alguns países, na sequência da guerra na Ucrânia.

“No último pacote de sanções, começámos com o carvão, agora estamos a abordar a nossa dependência do petróleo russo. Sejamos claros, não vai ser fácil [pois] alguns Estados-membros são fortemente dependentes do petróleo russo, mas temos simplesmente de trabalhar nesse sentido e propomos agora uma proibição do petróleo russo”, declarou Ursula von der Leyen.

Intervindo na sessão plenária do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo, a líder do executivo comunitário anunciou assim um sexto e novo pacote de sanções contra Moscovo devido à invasão da Ucrânia, no final de fevereiro passado, após a Comissão Europeia ter abrangido, no anterior conjunto de medidas restritivas, a proibição de importação de carvão.

Agora está em causa “uma proibição total de importação de todo o petróleo russo, marítimo e oleoduto, bruto e refinado”, elencou Ursula von der Leyen.

“Certificar-nos-emos de que eliminaremos gradualmente o petróleo russo de forma ordenada, de modo a permitir-nos e aos nossos parceiros assegurar rotas de abastecimento alternativas e minimizar o impacto nos mercados globais. É por isso que iremos eliminar progressivamente o fornecimento russo de petróleo bruto no prazo de seis meses e de produtos refinados até ao final do ano”, explicou a alta responsável europeia.

O objetivo é “maximizar a pressão sobre a Rússia, ao mesmo tempo que minimizamos os danos colaterais para nós e para os nossos parceiros em todo o mundo porque, para ajudar a Ucrânia, a nossa própria economia tem de permanecer forte”, adiantou Ursula von der Leyen.

A guerra na Ucrânia expôs a excessiva dependência energética da UE face à Rússia, que é responsável por cerca de 45% das importações de gás europeias.

A Rússia também fornece 25% do petróleo e 45% do carvão importado pela UE.

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