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27 outubro 2022
15:24
Redação

Kanye West responde a "cancelamentos" com "um discurso de amor"

Kanye West responde a "cancelamentos" com "um discurso de amor"
Matt Sayles/Invision/Associated Press
"Este é um discurso de amor. Continuo a amar-vos", escreveu o músico no Instagram depois de ter perdido o vínculo comercial com várias marcas e 2 mil milhões de dólares num só dia.

Kanye West usou hoje a conta de Instagram para reagir à perda de diversas parcerias comerciais depois de ter proferido comentários conotados como "antissemitas" e "racistas".
 
Adidas, a agência de talentos CAA, a MRC, a Balenciaga, a Gap, a Foot Locker, a TJ Maxx ou a Skachers estão na lista das marcas que quiseram distanciar-se de West, também conhecido por Ye, na sequência dos comentários polémicos que fez. A perda dos negócios já tirou Kanye West da lista de bilionários da Forbes. 
 
Como resposta, o rapper partilhou uma publicação que diz ser "um discurso de amor". Na publicação, West inclui o nome de Ariel Zev Emanuel - o CEO da agência de talentos Endeavor que incitou as marcas a cortar relações comerciais com o artista. "Perdi dois mil milhões de dólares num dia", começou por escrever.

"Mas ainda estou vivo. Este é um discurso de amor. Continuo a amar-vos. Deus continua a amar-vos. Não sou o dinheiro. Sou o povo", acrescentou o artista norte-americano. 

 

Ontem, 26 de outubro, a alemã Adidas pôs um ponto final na parceria que mantinha com o músico desde 2014. "A Adidas não tolera o antissemitismo nem qualquer tipo de discurso de ódio", refere a marca em comunicado. "Os recentes comentários e as ações de Ye são inaceitáveis, odiosas, perigosas e violam valores da marca como a diversidade, a inclusão, o respeito mútuo e a justiça", continua o comunicado. "Depois de ter analisado a situação, a marca decidiu terminar imediatamente a parceria com Ye, pondo um ponto final na produção dos produtos Yeezy e no pagamento a Ye e às suas empresas". A decisão da gigante do desporto poderá implicar um prejuízo de cerca de 250 milhões de euros em 2022. 

A polémica começou a crescer quando West foi suspenso do Instagram por ter dado a entender que o rapper Sean Combs, mais conhecido como Diddy, estava a ser "controlado por judeus". Depois de ter sido suspenso por violar as regras da plataforma, Kanye West voltou-se para o Twitter, voltando a proferir comentários considerados antissemitas.

No 'tweet', que entretanto foi apagado por violar as regras daquela rede social, West ameaçou "os judeus" e escreveu: "vocês têm estado a brincar comigo e a tentar excluir qualquer pessoa que se oponha à vossa agenda". O músico norte-americano acrescentou ainda que não pode ser um antissemita "porque os negros também são na realidade judeus". Após ter publicado os tweets, West foi também bloqueado pela plataforma por violação das regras de utilização. 

Os comentários feitos por Kanye West têm sido alvo de críticas por parte de organizações e personalidades políticas. A Liga AntiDifamação (ADL) - uma organização influente que combate o antissemitismo - escreveu uma carta aberta à Adidas, pedindo que a marca assumisse uma posição mais efetiva perante a situação.   

No início do mês de outubro, o rapper já tinha estado no centro de uma outra controvérsia por ter usado, durante um desfile de moda, em Paris, uma t-shirt com a mensagem "White Lives Matter", um slogan frequentemente usado pelos supremacistas brancos em resposta ao movimento antirracismo "Black Lives Matter". 

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