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26 janeiro 2023
16:29
Agência Lusa

Sindicatos de professores esperam que Marcelo possa exercer influência junto do Governo

Sindicatos de professores esperam que Marcelo possa exercer influência junto do Governo
Nove organizações sindicais foram recebidas pela assessoria da Presidência da República para a área da Educação.

O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) disse hoje que as organizações que convocaram a greve por distritos esperam que o Presidente da República possa exercer alguma influência junto do Governo para resolver os problemas dos docentes.

“O Presidente da República não é Governo, mas sabemos que há o exercício de influência junto do Governo e a Presidência da República também tem esse papel”, afirmou Mário Nogueira.

O dirigente sindical falava aos jornalistas no final de uma reunião em que as nove organizações sindicais que convocaram a greve de professores por distritos foram recebidas pela assessoria da Presidência da República para a área da Educação.

Em representação de todas, o líder da Fenprof explicou que as organizações apresentaram à Presidência da República as suas reivindicações, bem como os pareceres enviados ao Ministério da Educação no âmbito das negociações do regime de recrutamento e mobilidade, e desvalorizou a ausência do Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa.

Considerando que seria sobretudo simbólico, Mário Nogueira disse que o mais importante era “fazer chegar à Presidência as nossas posições”.

“Compreendendo os motivos que estão a mobilizar os professores, com certeza que [o Presidente da República] não deixará de colocar questões e, em alguns casos, esperamos nós, ver ali exercer alguma influência e ter algum peso em futuras decisões do governo”, acrescentou.

A propósito das reivindicações dos docentes, Mário Nogueira insistiu na contagem de todo o tempo de serviço congelado, na valorização da carreira docente, na melhoria das condições de trabalho e num regime de aposentação específico.

“Não viemos aqui dizer à Presidência que queremos uma carreira nova ou que queremos que os escalões sejam pagos por um valor superior. Viemos dizer que há uma carreira a que os professores têm direito e 73% dos professores impedidos de chegar ao topo da carreira não é ter carreira”, sustentou.

O secretário-geral da Fenprof recordou também que as organizações sindicais não querem uma resposta “de hoje para amanhã”, a respeito do tempo de serviço, e admitem até uma solução faseada que vá além do fim da legislatura, mas lamentou que o Governo não aceite, sequer, colocar o tema em cima da mesa.

Por outro lado, quanto aos concursos e à colocação de professores, Mário Nogueira reconheceu que “houve alguns avanços, embora avanços complicados em alguns casos”, que espera que possam ser clarificados na reunião técnica que se realiza hoje com o Ministério da Educação.

Na audiência com a Presidência da República, estiveram presentes a Fenprof, Federação Nacional de Educação (FNE), Associação Profissional dos Professores Licenciados (ASPL), Pró-Ordem dos Professores, Sindicado dos Educadores e Professores Licenciados (SEPLEU), Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação (SINAPE), Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (SINDEP), Sindicado Independente de Professores e Educadores (SIPE) e Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (SPLIU).

As organizações sindicais convocaram uma greve por distritos, que se iniciou em 16 de janeiro e prolonga-se até 08 de fevereiro, à qual a FNE também se vai juntar a partir de quarta-feira, tendo convocado uma outra greve nacional para o dia 08 de fevereiro.

No dia 11 de fevereiro, organizam uma Manifestação Nacional, sendo que a plataforma sindical já fez saber que "caso o Ministério não altere as posições que vem assumindo, professores e educadores prosseguirão a sua luta".

Ao mesmo tempo estão a decorrer outras duas greves sem data de término promovidas pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP) e pelo SIPE.

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