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21 abril 2024
16:40
Agência Lusa

Nuno Melo anuncia que Governo vai criar comissão para as comemorações do 25 de Novembro

Nuno Melo anuncia que Governo vai criar comissão para as comemorações do 25 de Novembro
PAULO NOVAIS/LUSA
O líder do CDS e ministro da Defesa quer que esta comemoração "seja plural e justa, feita de militares e feita de civis".
O presidente do CDS-PP e ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, anunciou hoje que o Governo vai criar uma comissão para as comemorações do 25 de Novembro de 1975.

"Concertei com o senhor primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, que no âmbito da Defesa e do Governo, criaremos uma comissão para umas comemorações devidas, nacionais, dos 50 anos do 25 de novembro", afirmou.

Nuno Melo fez este anúncio durante o discurso de encerramento do 31.º Congresso do CDS-PP, que terminou hoje em Viseu, com a eleição dos novos órgãos nacionais.

O líder centrista quer que esta comemoração "seja plural e justa, feita de militares e feita de civis", e considerou que se trata de uma questão de justiça.

"Em 2024 celebraremos os 50 anos do 25 de Abril, Em 2025, devemos celebrar - e não esquecer - os 50 anos do 25 de Novembro", disse.

Lembrando que o CDS-PP celebra "todo os anos" esta data e é algo "quase identitário" para o partido, Nuno Melo salientou que "o 25 de Novembro foi um movimento militar que salvou a democracia em Portugal".

O presidente do CDS-PP citou também o antigo Presidente da República Ramalho Eanes, o qual defendeu que o "25 de Novembro foi a continuação do 25 de Abril" para afirmar: "é rigorosamente o que pensamos no CDS há 49 anos".

Numa intervenção de cerca de meia hora, o presidente do CDS-PP aproveitou para repetir, perante representantes do PSD (parceiro de coligação) e de outros partidos, o que tinha dito aos congressistas, que "o CDS não é uma extensão do PSD, da mesma forma que o CDS não tem a pretensão de se substituir ao PSD", valendo pela sua "singularidade".

O líder centrista disse também que no parlamento o partido "será totalmente leal à coligação, e também nítido nesta singularidade que lhe acrescenta".

"O CDS-PP estará ao lado das reformas estruturais necessárias para colocar Portugal num ciclo de crescimento económico sustentável e no pelotão da frente da União Europeia, devolvendo rendimentos às famílias e às empresas, promovendo melhores salários e reforçando o Estado social", indicou.

Nuno Melo referiu igualmente que o partido vai valorizar o " papel das famílias, o valor do mérito e do trabalho, reativando a mobilidade social e o papel insubstituível da classe média".

"O CDS-PP lutará contra a corrupção e pela reforma da Justiça e a autoridade do Estado, com respeito pelas forças de segurança e por uma imigração regulada", acrescentou, indicando que o partido "puxará pela agricultura e pelo mundo rural, pela sustentabilidade com objetivos realistas e atingíveis, por uma educação com exigência e oportunidades, um Estado Social que junte à matriz publica as capacidades instaladas nos setores social e privado, focados também nos desafios do envelhecimento da população portuguesa", elencou.

"É isto que, com toda a lealdade, o CDS fará ao lado do PSD juntos no governo de Portugal", garantiu Melo.

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