Ouça a Smooth FM em qualquer lado.
Faça o download da App.
24 abril 2024
10:18
Gonçalo Teles

Presidente da República cortou relações com o filho após caso das gémeas

Presidente da República cortou relações com o filho após caso das gémeas
LUSA/NUNO VEIGA
Marcelo Rebelo de Sousa revelou em declarações ao Correio Braziliense que não se sente responsável pelo sucedido e repetiu a ideia de que o filho Nuno é "maior e vacinado".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, rompeu as relações com o filho Nuno Rebelo de Sousa na sequência da polémica com o tratamento a duas gémeas brasileiras no hospital Santa Maria que custou mais de quatro milhões de euros.

A notícia é avançada pelo Correio Braziliense, a quem Marcelo explicou que é "imperdoável" ter sido envolvido no caso pelo filho, quando este sabe que o Presidente da República tem um "cargo público e político" e que por ele responde.

"Há coisas piores na vida. Não sei se ele vai ser responsabilizado, não me interessa. Essa é uma das vantagens de se cortar. Ele tem 51 anos, se fosse o meu neto mais velho e preferido, com 20 anos, eu sentir-me-ia corresponsável. Mas, com 51 anos, é maior e vacinado”, atirou o chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa foi implicado pelo filho Nuno no caso das gémeas ao receber um e-mail do filho a explicar o caso.

Em dezembro, veio a público garantir que não deu um tratamento especial ao caso e que lhe deu "o despacho mais neutral e igual" ao que deu a outros casos, sem intervir "pelo facto de ser filho ou não ser filho".

Nestas declarações ao Correio Braziliense, Marcelo adianta também que começou a distanciar-se do filho durante uma viagem ao Brasil em que Nuno Rebelo de Sousa tinha marcado encontros com vários políticos brasileiros para se mostrar influente junto do poder português.

O Presidente da República ficou a saber do caso das gémeas quando estava perto de ser operado ao coração e deixou-o de lado, remetendo-o para a Casa Civil, que teria dado resposta negativa ao pedido do filho sobre as gémeas. Nuno Rebelo de Sousa reagiu ligando ao pai para lhe dizer que a Casa Civil estava contra ele, ao que Marcelo contra-argumentou que "não era possível". Teve então de puxar atrás a fita do tempo - estávamos em 2023 e o caso tinha nascido em 2019 - para perceber o que se tinha passado.

O episódio veio depois a público em novembro do ano passado, já depois de António Costa ter apresentado a demissão, o que fez com que Presidente e primeiro-ministro se consolassem mutuamente, admitiu também Marcelo nesta entrevista, que recorda o período como "chato".

Mais Notícias