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08 maio 2024
17:12
Redação

Prédios com água até ao 3.º andar e pessoas "que não têm o que comer". O relato do cenário "caótico" após cheias no Brasil

Prédios com água até ao 3.º andar e pessoas "que não têm o que comer". O relato do cenário "caótico" após cheias no Brasil
Brasil Porto AlegreAssociated Press
O aeroporto de Porto Alegre "está completamente submerso", há prédios onde a água chega ao terceiro andar e há pessoas "que não têm o que comer". Ouça o testemunho de Eduardo Lanita em Porto Alegre.

A tragédia no estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, na sequência das fortes chuvas e inundações, já fez mais de 100 mortos e afetou mais de um milhão de pessoas.

As autoridades locais avançam que há 128 pessoas desaparecidas e mais de 300 feridos devido às fortes chuvas.

O cenário é "caótico", o aeroporto de Porto Alegre "está completamente submerso", há prédios onde a água chega ao terceiro andar e há pessoas "que não têm o que comer".

O relato é feito à nossa redação pelo brasileiro Eduardo Lanita que vive em Porto Alegre, perto do aeroporto. Citando o governador de Rio Grande do Sul, Eduardo Lanita, diz que há 50 mil desabrigados que estão em cerca de 400 abrigos.

Este testemunho diz que vive numa das poucas zonas que ainda não está alagada, mas refere que a "água está avançando. Cada dia avança dois, três metros. É uma situação muito preocupante. Cidades do Rio Grande do Sul como Roca Sales, Sinimbu, foram varridas do mapa".

"Aquele habitante que tem uma casinha, tem um carrinho, perdeu tudo, completamente tudo", refere Eduardo Latina que adianta que a estimativa do prejuízo é de cinco triliões de reais.

O rio já subiu mais de cinco metros e a agravar a situação está a previsão do estado do tempo para os próximos dias: "a previsão é de chuva, de 300 milímetros para amanhã, para sexta-feira e sábado".

Toda a ajuda é necessária, sobretudo "material de higiene pessoal, fraldas, fraldas para adultos, insulina, medicamentos, vacinas de tétano, alimentação como arroz, massa e feijão". Muitos animais também precisam de alimentação, porque há "muitos animais perdidos (...) há muitas ong's que estão a resgatar animais", como cavalos e bois.

Eduardo Lanita sublinha que há muitas pessoas mobilizadas para ajudar, mas relata "o pior do ser humano" dizendo que há pessoas a roubar desabrigados: "eles tiram pessoas de cima do barco para roubar o barco e a polícia foi chamada a voltar de férias" para impedir este tipo de situação.

"A última cheia que deu aqui em Porto Alegre foi em 1941 onde o rio subiu cinco metros e trinta, se não me engano, e hoje já está em cinco metros e cinquenta", sublinha Eduardo Lanita.

Oiça aqui a entrevista completa:

Entrevista Eduardo Lanita

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