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26 março 2018
16:07
Agência Lusa

Salvador Sobral critica desafinações no Festival da Canção

Salvador Sobral critica desafinações no Festival da Canção
Para o cantor, "o Diogo Piçarra e a Susana Travassos foram únicos que não desafinaram", numa semifinal que viu este ano.

Na conferência que decorreu no Funchal, Salvador Sobral criticou os intérpretes do último Festival da Canção, que "desafinaram imenso".

"Como é possível, supostamente os melhores cantores... Acho que vi uma semifinal em que todos desafinaram. Não pode ser. Estamos a falar dos melhores cantores que devem representar um país e toda a gente desafina, é um bocadinho triste", comentou, apontando que "o Diogo Piçarra e a Susana Travassos, foram únicos que não desafinaram".

Salvador Sobral assegurou estar com "muitíssima vontade de dar música", depois da "ausência" dos palcos, por motivos de saúde, sublinhando: "Estou muita vontade de começar outra vez". Falando sobre a sua primeira deslocação à Madeira, ao seu estilo característico, afirmou: "A mim, parece-me um bocadinho surreal convidarem-me para estar aqui cinco dias, só para dizer estas quatro palavras. Não pagar nada. É incrível".

Salvador Sobral acrescentou ser "um bocado estranho", argumentando que "antes ninguém oferecia nada". "Quando eu não ganhava bem, tocava nos bares e hotéis [ninguém oferecia nada], e agora que finalmente ganho e posso pagar, as pessoas oferecem-me coisas", destacou.

Sobre o alinhamento do concerto que vai dar no Funchal, no Parque de Santa Catarina, a 20 de julho, disse que vai tocar alguns temas do seu último trabalho discográfico, "Excuse Me", admitindo que já está "um bocadinho farto do disco".

"Por isso, vamos pôr também outras coisas, coisas do disco novo, coisas que escreveu o Júlio Resende", pianista com quem gravou o primeiro álbum e com quem partilha o projeto Alexander Search, realçando que o tema da Eurovisão é "obrigatório".

“[O 'Amar pelos Dois'] tem de ser, senão acho que as pessoas me matavam”, disse, mencionando que Paulo de Carvalho já o avisou que um dia se vai fartar da canção. Mas Salvador Sobral assegurou: "Até agora ainda gosto de tocá-lo, ainda por cima tocamos sempre de maneira diferente, é giro", recordando que já não o toca “há muito”.

Quanto à publicidade que a realização do Festival da Eurovisão vai trazer para Portugal, opinou ser "ótimo", porque "o país está a crescer imenso, não é só por causa disto, a economia está a crescer, tudo", adiantando que também lhe dá “um bocadinho de medo que Lisboa seja a próxima Barcelona ou Paris que perca a identidade".

Em relação ao tema que vai representar Portugal no 'eurofestival', 'O Jardim', interpretado por Cláudia Pascoal, disse que "gostava", por ser "diferente", considerando que a intérprete "canta bem".

Quando questionado sobre a crítica de Rui Veloso ao Festival, considerando-o uma "pimbalhice", e que não tinha a certeza que a vitória "era boa para a carreira de Salvador Sobral", o cantor admitiu não ser “muito agradável”. "Gostava de ser conhecido por várias canções, mas as pessoas conhecem aquela e depois conhecem outras", salientou, argumentando que "a canção é lindíssima".

No seu entender, "é das canções mais bonitas que alguma vez se fizeram", por isso, afirmou: "Não me importo por ser conhecido por essa".

Ricardo Cardoso, da organização do NOS Summer Opening, salientou que este é "o maior evento musical que se realiza na Madeira", sendo a novidade da edição deste ano a duração de mais um dia.

A atuação de Salvador Sobral, no Funchal, acontece depois dos quatro concertos do projeto Alexander Search, que mantém com Júlio Resende, anunciados para maio, junho e julho.

 

 

 

 

 

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