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04 julho 2018
11:30
Redação

Morreu Ricardo Camacho, da Sétima Legião

Morreu Ricardo Camacho, da Sétima Legião
O músico, compositor, e investigador clínico também esteve na Rádio Comercial nos anos 80.

Morreu Ricardo Camacho, músico e compositor da Sétima Legião. Tinha 64 anos e não resistiu a um cancro no pulmão.

Também médico especialista em virologia clínica, Ricardo Camacho tornou-se conhecido como o teclista da Sétima Legião, grupo formado na década de 1980 e da qual fez parte praticamente desde o início. O madeirense produziu ainda temas como 'Foram Cardos, Foram Prosas' de Manuela Moura Guedes, 'Estou Além' de António Variações, 'Remar Remar' dos Xutos & Pontapés.

Também foi um homem da rádio, tendo passado pela Rádio Comercial nos anos 80 em programas como o Rock Em Stock e Mão na Música.

Na Sétima Legião, como teclista e produtor, deixa o nome inscrito em álbuns essenciais da história do grupo como "A Um Deus Desconhecido" (1984), "Mar D'Outubro" (1987) e "De Um Tempo Ausente" (1989).

Na investigação médica, Ricardo Camacho foi diretor do Laboratório de Virologia do Hospital Egas Moniz e fez investigação no Centro de Malária e outras Doenças Tropicais.

 Foi consultor da Comissão Nacional de Luta contra a SIDA, tendo participado ainda em vários estudos internacionais sobre esta doença, na qual se especializou.

Foi ainda professor na Escola Superior de Ciências da Saúde e na Faculdade de Ciências Médicas, ambas em Lisboa, e na Universidade Católica no Porto.

Rui Pregal da Cunha, fundador e vocalista dos Heróis do Mar, descreve Ricardo Camacho como um homem "curioso (...) sempre à procura de uma coisa nova". Apesar de não terem integrado a mesma banda, Pregal da Cunha sublinha que nunca foram rivais, "ele queria era fazer discos para competir com as músicas estrangeiras que tocavam nas pistas de dança. Os músicos davam-se todos bem, mesmo os intergeracionais".

 

 

Rui Pregal da Cunha conheceu Ricardo Camacho por volta de 1981 e lembra-se de uma pessoa multifacetada, com espírito de criança curiosa. "Lembro-me dele, um dia, ouvir um trovão e dizer porque é que eu não gravei isto para fazer um bombo", conta Rui Pregal da Cunha.

 

 

O funeral de Ricardo Camacho deve acontecer na Bélgica, onde morava, mas ainda não foram revelados pormenores.

 


 

 

 

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