É possível fazer a pizza perfeita em casa

Voar até Itália para comer a pizza perfeita já deixou de ser desculpa.

Os físicos Andrey Varlamov e Andreas Glatz da Northern Illinois University e o antropólogo alimentar Sergio Grassio estudaram a melhor forma de fazer pizza e publicaram o artigo "The Physics of baking good Pizza" ( A física de uma pizza bem assada).

Para o estudo que divulga a equação para cozinhar uma pizza perfeita, foi escolhida a pizza margherita (com tomate, mozarela e manjericão).

Em Roma, os cientistas observaram os pizzaiolos a transformarem, durante dois minutos, a massa crua numa pizza dourada. Os cozinheiros confessaram aos cientistas que o segredo para a perfeição da pizza está no forno de tijolos.

A lenha a arder no canto do forno distribui o calor uniformemente pelas paredes curvas e pelo chão de cimento do forno, de forma a que todos os lados da pizza fiquem assados.

Os físicos descreverem, no artigo, que a pizza perfeita deve ser cozinhada durante dois minutos, num forno de tijolos aquecido entre os 325 e 330 graus celsius.

Se forem adicionadas à pizza outras coberturas, os pizzaolos colocam a pizza em cima de uma espátula de madeira e deixam cozer por mais 30 segundos.

O problema que impossibilita grande parte da população a conseguir uma pizza perfeita em casa, são os fornos elétricos. 

Como as pizzas nos fornos elétricos são colocadas em bases de metal, que aquecem muito rapidamente, a massa inferior da pizza fica mais queimada que a cobertura. Mas a solução não passa por utilizar a mesma tempetratura que os italianos usam nos fornos de lenha, pois, corre o risco de que a massa se torne carvão.

Depois de muitos cálculos, os cientistas concluiram que para a pizza ficar perfeita no forno elétrico, deve ser cozida a uma temperatura de 230 graus celsius durante 170 segundos. Caso sejam aplicadas mais coberturas, a pizza deve ficar por mais tempo no forno.

Os autores assumem que a pizza nunca vai ficar tão perfeita quanto a italiana, mas o resultado é muito semelhante.