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28 abril 2020
12:32
Catarina Leite

Reação psicológica ao "desconfinamento"

Reação psicológica ao "desconfinamento"
EPA / JUANJO MARTIN
Após mais de um mês de confinamento, a transição para o regresso ao trabalho ou à escola pode trazer dois comportamentos psicológicos, que podem gerar conflito.

Maio será um mês de algum alívio nas medidas de restrição em Portugal, na sequência da pandemia de covid 19. Algumas pessoas podem regressar ao trabalho e os alunos do 11º e 12º anos devem voltar às escolas a meados do póximo mês.

O presidente da Comissão de Ética da Ordem dos Psicólogos Portugueses, Miguel Ricou, diz que a transição, após mais de um mês de confinamento, pode trazer dois tipos de comportamentos psicológicos.

Umas pessoas vão sentir-se mais ansiosas a andar na rua, com elevadas medidas de proteção. Outras podem desvalorizar e assumir comportamentos de menor proteção. Situação que pode gerar algum conflito.
 

 

Certo é que o desconfinamento traz mais consequência positivas do que negativas a nivel psicológico.

Miguel Ricou considera ainda que as pessoas têm estado tranquilas e as autoridades têm conseguido passar uma mensagem positiva, de segurança e confiança.

 

 

Ao longo do período de confinamento, o Governo tem criado vários serviços para garantir resposta psicológica, mas Miguel Ricou diz que houve serviços que ficaram para trás:

 

 

É, por isso, necessário reforçar a resposta ao nível dos serviços psicologicos, até porque haverá maior número de perturbações emocionais.

O presidente da Comissão de Ética da Ordem dos Psicólogos Portugueses deixa ainda um conselho à população, para  "analisar com muita crítica tudo aquilo com que concorda e tentar ouvir o mais possível as coisas com que não concorda". O objetivo é  equilibrar as posições e evitar radicalismos.

 


 

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