1991
1991! Dava o nome de um filme ou de um livro, ou até o nome de uma canção (já outros o fizeram, com outras datas!). Este foi um ano de grande importância (eu diria mesmo de enormíssima importância), não tanto na História do Homem (embora alguns factos que marcaram esse início de década tenham sido determinantes para o desenrolar da História da Humanidade, como a Guerra do Golfo ou a extinção oficial da URSS), mas sim na minha história pessoal….
1991…foi o «Ano»! Escrevo «ano» com letra maiúscula, descurando novas ou velhas regras da ortografia, mas somente para dar ênfase e importância à palavra dentro da frase (e dentro de mim). 1991 foi realmente o «Ano» em todo o timeline da minha existência. E porquê? Porque foi nesse período que encontrei os dois grandes amores da minha vida a partir dos quais tudo se desenrolou, desenrola e gravita: a Rádio (com quem ainda mantenho uma relação) e o homem com quem me casei (e com quem ainda continuo casada). Destes amores nasceram outros, muito importantes também (os filhos, os amigos que se fizeram «para a vida», a minha conversão). Mas estes dois são os principais, os que originaram todo o resto.
Só o tempo nos permite ter o distanciamento necessário para olharmos com alguma objetividade os acontecimentos. Praticamente 3 décadas nos separam desse ano, mas só agora constato que, com muitos mixed feelings à mistura, a rádio esteve sempre lá e o meu marido também. O amor é de facto poderoso e determinante. Vai-nos moldando e vai condicionando as nossas opções. Sobretudo quando verdadeiro, quando torna uma paixão, um sentimento quase sempre efémero, num pilar estável e robusto que nos ajuda a perceber quem somos e para onde vamos.
Nesse longínquo 1991 não fazia ideia que a opção de começar a trabalhar na rádio e de começar a namorar com aquele rapaz iriam fazer de mim a pessoa que sou hoje. E que nunca mais iria viver sem esses dois amores. Que ano!!!
Se houvesse uma música chamada «o primeiro ano do resto da minha vida» essa seria a minha escolha. À falta dessa, escolho uma canção que ouvimos muitas vezes na Smooth e que data de 1991, precisamente:
FROM A DISTANCE – Bette Midler